Lavouras de milho silagem reagem às chuvas de dezembro
Emater estima 366 mil hectares de milho silagem no RS
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A semeadura do milho destinado à silagem voltou a avançar no Rio Grande do Sul após a ocorrência de precipitações recentes, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25). As chuvas permitiram tanto a retomada do plantio quanto a recuperação parcial de lavouras afetadas anteriormente por altas temperaturas e pela escassez hídrica, além de impulsionarem a colheita, que até então ocorria de forma incipiente.
De acordo com o informativo, “a intensidade dos danos provocados pela restrição hídrica variou conforme a qualidade do solo e os manejos adotados”, o que evidencia a influência desses fatores na capacidade das lavouras de enfrentar eventos climáticos adversos. A Emater/RS-Ascar estima que a área destinada ao milho para silagem alcance 366.067 hectares nesta safra, com produtividade média projetada de 38.338 quilos por hectare.
Na região administrativa de Lajeado, os produtores já iniciaram o corte das lavouras para a confecção de silagem. Em Santa Maria, entretanto, a capacidade produtiva permanece reduzida em razão das altas temperaturas e da baixa precipitação registrada entre o final de novembro e o início de dezembro.
Em Santa Rosa, a colheita segue em ritmo de avanço, com o uso de ensiladeiras autopropelidas de grande porte em propriedades de maior escala. Parte dos cultivos implantados após a colheita do trigo ainda se encontra em fase de desenvolvimento vegetativo, e a destinação final dessas áreas, para grão ou silagem, dependerá tanto das condições da cultura quanto do mercado.
Já na região de Soledade, foram registradas perdas de produção e de qualidade nas lavouras mais precoces, especialmente aquelas em floração e enchimento de grãos. Segundo o levantamento, essas perdas variam conforme o manejo adotado, a qualidade do solo e as características do híbrido utilizado. As cultivares tardias, por sua vez, apresentaram recuperação após as chuvas recentes e demonstram maior potencial produtivo.